quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Devagar mas sem parar!

Bom dia, amigos!
Minhas postagens tem sido cada vez mais raras, como já justifiquei em outra postagem: o tempo curtíssimo e a vontade de postar apenas serviços diferenciados, sair da mesmice que é o que eu vejo por aí.

Enfim, hoje a postagem é dupla, duas guitas: uma teleca que nasceu aqui na oficina, peças, corpo e braço trazidos pelo cliente e o resto ficou comigo (pintura, melhora no shape do head que era bem feinho, troca de trastes, blindagem, acoplamento do tróculo com o corpo que eram diferentes dentre outros detalhes...); e uma Gibson studio que veio para uma repaginada geral, troca de todo hardware e pintura metálica.

Foi bem complicado de executar os dois serviços, pois demandaram muito tempo e como ainda to trabalhando sozinho, foi bem difícil, principalmente a teleca, que tinha bem mais coisas pra se fazer.

Muita gente tem me procurado, perguntando se faço pinturas, infelizmente parei por um tempo, creio que volto no finalzinho do ano ou no começo do próximo, e dessa vez vai ser de uma forma mais profissional. Além de uma estrutura melhor e equipamentos, vou melhorar a questão do prazo (toda vez que falo essa palavra me dá calafrios...) e a qualidade do serviço em sí, que é quase impossível com a estrutura amadora que tenho trabalhado. Tenho estudado e melhorado a técnica, e se é pra voltar, que seja com os dois pés nos peitos! hehehe

Aí vão as fotos das duas guitas, espero que curtam, e até breve!












quarta-feira, 9 de abril de 2014

Condor GX 50

E aí, moçada, tudo tranquilo? Vivo dizendo que vou voltar a postar com maior frequência, mas vou explicar por que isso não tem acontecido. São basicamente dois motivos:
-Tempo: dei uma reduzida drástica nas chamadas redes sociais, o trabalho por aqui tá pesado. Isso não é uma reclamação! :)
- Inspiração: Muita gente acha que troca de trastes é o supra-sumo dos serviços dentro de uma luthieria. Sabe de naaaada, inocente! (já sei que  isso perdeu a graça, mas não aguentei.). Sem dúvida que é um serviço que requer muita prática pra se chegar a um nível bom, mas tá longe de ser onde perco horas de sono.

Enfim, por isso estou preferindo postar, de vez em quando, algo realmente complexo, que é o caso de hoje.
O Raimundo trouxe uma guitarra mais pra lá do que pra cá, aqui na oficina. Uma strat Condor que tinha simplesmente sacado fora parte do corpo, toda a região dos pivôs (na foto 1 dá pra ver).

Essa guitarra foi feita numa madeira com fibras de baixa densidade (não lembro qual exatamente)
que pecou um pouco no projeto, ao se colocar pivôs largos. Isso deixou a região frágil, é tanto que já vi inúmeras da mesma série com rachadura na região dos pivôs. Ao quebrar pela primeira vez foi feito um serviço de baixa qualidade em que quebrou novamente, dessa vez saiu uma lasca enorme da guitarra. Por isso pensem bem ao fazer um serviço "no cara que cobra mais barato".

Resolvi fazer dois enxertos separados, um pra região dos pivôs e o outro pra cavidade do floyd, que também estava mal feita. Esse tipo de serviço é meio tenso, já que o ideal sempre é ter menos colagem possível em regiões de muita pressão. Mas coloquei blocos de cedro bem seco, pensando numa forma rígida de encaixe e colagem.
Ficou bem rígido, não vai ter problemas novamente com isso! Refiz a pintura, fiz uma blindagem, instalei um floyd Gotoh trazido pelo meu chapa Raimundo, e foi regulada com 09 ernie ball. Ficou ótima a guita nova :)
Agradeço a paciência do Raimundo, por que demorei séculos no que vocês vão ver em 1 min, hehehe.












quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Jackson COW

Christian Old Wolbers é um músico que já foi baixista da banda americana Fear Factory. Quando o guitarrista Dino Cazares saiu da banda, Chirstian assumiu as 6 cordas.

A Jackson criou uma guitarra signature para ele, e a batizaram de "COW" (iniciais do seu nome), uma 7 cordas from hell, hehehe.

Pawel Kluczewski (um super chefe de cozinha polonês que mora em nossa terrinha, cara gente finíssima) comprou uma COW protótipo diretamente de Christian, quando esteve nos eua.

Mas a guita sofreu um acidente dos brabos, quebrou o head e se perderam pedaços nisso.
Pawel a trouxe pra fazermos um reparo pesado, além disso aproveitou e fez mods no braço: Ele se queixava do braço ser muito grosso (era de se imaginar, já que o Christian era baixista, originalmente) e a escala muito curva.

Depois dos reparos do head, parti pro novo shape do braço, foram tirados cerca de 3mm (isso é madeira pra dedéu!). Fiz a instalação de trastes Dunlop 6105, escolhidos pelo Pawel, e depois pintura e acabamento.
Aí vai um apanhado do processo:
:









quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Neck Fender: Raio composto, novo shape e aço

Boa tarde, guitarristicos!
Hoje vou postar um instrumento pela metade... Explicando melhor, recebi via Empresa brasileira de telégrafos (ou simplesmente Correios, tão amados quando dá tudo certo... dessa vez deu! ), vindo de Brasília, um braço Fender do parceiro Rafael Dani.

E dessa vez a missão foi das brabas: O Rafael queria uma pegada mais moderna no braço, raio composto e trastes inox. Sendo assim foi retirado bastante materia da parte de trás do braço (devo agradecer a ajuda do sempre parceiro Julio Alves Luthier, esse é dos bons!) e fiz um acabamento meio "relic SRV" style finalizando com cera, já que o verniz era uma das queixas do Rafael. O visual ficou bem legal!

O braço possuia um abaulamento bem acentuado de 7''1/4, como nas Fender antigas, e a meta inicialmente era um raio composto de 12'' para 16''. Ao estudar a situação do braço falei com o Rafael que era melhor maneirar um pouco, a escala além de estar "up-bow" (côncava), no final do braço já estava bem fina. Tinha então que fazer uma boa retífica, daí sim partir pro raio novo. Sendo assim fiz um raio composto de 10'' para 14'', assim menos madeira é retirada e já proporciona uma excelente rebaixada na altura das cordas. Daí foram instalados os já conhecidos inox.

Pra finalizar, fiz um novo nut de osso, já que o original se despedaçou ao ser retirado, hehehe.

No mais só quero agradecer ao Rafael Dani pela confiança depositada no meu trabalho, mesmo estando tão longe de Fortaleza! Daqui a uns dias você recebe sua belezura, man! hehehe

E como sempre, as fotos:










quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Spirit by Steinberger

Feliz ano novo, guitarrísticos, baixísticos e violonísticos!

Ano passado foi uma tremenda correria por aqui e ainda estou correndo para entregar os serviços atrasados... Queridos clientes do meu coração, não me matem! hehehe
Esse ano virão grandes novidades, aguardem!

Enfim, esse baixo também tá dentro dos serviços que estou colocando em dia. Trata-se de um headless da Spirit (by Steinberger) e pertence ao Ivo Studart.

O Ivo trouxe o bass pra uma mudança radical: Originalmente não tinha trastes, então colocamos.
Os trastes foram os SBB-215 da Sanko. Além da instalação dos trastes foram colocados os dots em madre pérola, além dos dots laterais que foram substituídos (nos fretless geralmente eles vem numa posição diferente, seria em cima de onde ficam os trastes).

Enfim, sem mais delongas, aqui tão as fotos:












segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Refret fretless!

O título da postagem pode ser meio estranho, mas é isso mesmo. Muitos baixistas, por motivos diversos, acabam se arrependendo da modificação para fretless. E aí, tem volta? claro que tem.

Esse Washburn foi deixado fretless por outro profissional mas o proprietário decidiu voltar os "trilhos". Aproveitei e dei uma boa retificada na escala, logo depois foi a hora de retirar o material dos slots. Essa parte tem que ser feita com cuidado, pra não retirar madeira aonde não deve, de preferência retirar apenas o pvc deixando assim os slots perfeitos.
Depois disso foi a velha troca de trastes, dando uma caprichada no acabamento dos Sanko SBB-215 (trastes jumbo).

Também foi reito reparo na parte elétrica, troca de pots, desempeno da ponte (estava levantando) e uma regulagem geral.